domingo, 13 de setembro de 2009

Da modernidade


Sempre fui meio fora do meu tempo, com saudades, gostos, vontades e música ou melhor principalmente música. Em casa sempre ouvindo meus pais ouvirem mpb e músicas dos anos 60 70 e 80. Me fez crescer e me apaixonar por algo que não fazia parte da minha geração, algo que ficou pra trás e que eu, junto com as radios ou discos a fazia sobreviver dentro de mim. Muitas vezes não as entendia, mas a melodia me fazia viajar e de me sentir sempre bem.
Asssim fui crescendo sonhando em ser atriz e amando música. Tive walk man, disk man, mp3 e agora tenho mp4 e queria que parasse por ai.
Mesmo fazendo parte de um novo mundo onde as coisas para se tornarem velhas, passado é uma questão de meses, ainda prefiro o que passou. Acho que pra ter sempre o gostinho da surpresa e de poder revive-la de alguma forma.
Era tão prazeroso pra mim ter as fitas, os cds das minhas bandas favoritas, de muitas vezes compra-los por amar ou se apaixonar por apenas 1 música ou só conhecer uma música, e ela está naquele cd com 12 faixas e que por sorte ou de tanto ouvir acabava gostando da maioria das musicas.

Aqui no rio, onde moro há 3 anos, e exatamente há 3 anos havia uma unica loja de cd em ipanema (há 3 anos muitas lojas de cd já haviam sido extintas) onde era a única e fiel cliente nos ultimos anos.
Minha descoberta sobre que talvez eu tenha sido uma das unicas e poucas clientes ali, foi ano passado quando fui ao novo show de Ney Matogrosso onde ele lançava seu novo cd " Inclassificaveis". Fiquei simplesmente apaixonada e encantada por todas as musicas praticamente, o que me deixou muito inclinada, como de costume, comprar essa obra diga-se de passagem prima. Onde eu teria o cd em minha mãos com a capa, as letras, as fotos, e todas as informações que me interessam.
Extasiada, fui na lojinha que se encontrava no inicio da visconde de pirajá e ela não existia mais, tinha simplesmente virado uma loja de celular. Um certo desespero me bateu vi que era praticamente só e ainda resistente a ideia de comprar cd, todos já tinham, talvez mesmo que sem vontade, se rendido aos downloads infinitos e sem graça.
A magia acabou, nada é surpresa nada nos surpreende nada nos toca.
Na distancia se fez mais perto e mais rapido e frio, e eu não tenho o controle, se não opto por seguir o fluxo acabo sendo levada pela correnteza.

Isso tudo muito me incomoda, quero ter os classicos, os não classicos e os que eu amo para que eu possa folhear depois.

Rio de Janeiro, 14 de setembro
de '09

Um comentário:

Pequena Poetiza disse...

fiquei devastada por ser tb uma das que prefere os dowloads... não por preferir somente.
mas por preferir gastar meu dinheiro com outras coisas do que com cds.
sou vilã dessa história aí =/


adorei te ver escrevendo aqui de novo. vê se aparece aqui mais vezes que vc escreve muito bem. e assim me sinto ais pertinho de vc.

te amo

beijos